quarta-feira, 30 de maio de 2012

Roteiro de Inclusão

CCEAD Puc Rio
Curso de Especialização: Tecnonologias em Educação
Disciplina: Inclusão e Tecnologias Assistivas
Grupo B: Mentes Brilhantes
Componentes: Amanda, Elidi, Joelson, Lourdes e Luizmar
Turma: MT01 
 Mediadora: Ciléia

Momento 4: Roteiro de Inclusão (Memória)

Este é um Guia Referencial para que um professor promova a inclusão de um aluno com Tetraplegia. As informações estão organizadas em ações que poderão ser implementadas pelo mesmo, na medida que surgirem necessidades, mediante situações concretas vivenciadas no contexto escolar. 
Neste Roteiro de Inclusão, pretendemos abordar as tecnologias assistivas que existem à disposição, mas é pertinente implementalas de acordo com as particularidades exigidas em cada caso.
Para que seja promovida a inclusão de um aluno portador de tetraplegia é preciso garantir a acessibilidade, a permanência e a aprendizagem do mesmo, para tanto faz-se necessário seguir alguns passos fundamentais:

1. Estruturação Física do Ambiente para garantir a acessibilidade, caso não esteja adequado:
  • Construção de rampas, adequação de portas, do mobiliário, dos banheiros e de outros espaços estruturais da escola.
  • Aquisição de Lousa Digital e Computadores.
2. Principais dificuldades do aluno:
  • Mobilidade mínima;
  • Locomoção em cadeiras de rodas motorizada;
  • Necessita de acompanhante para auxiliar na locomoção, alimentação, nas necessidades fisiológicas e higiene básica, bem como para transcrever atividades escritas, especificamente, manualmente em papel.
3. Considerações relevantes para a preparação das aulas para que haja inclusão escolar:
  • Buscar conhecimentos sobre a deficiência, além de sugerir que abordem o Tema: Deficiências, no caso tetraplegia, na Sala do Educador;
  • Promover paletras sobre: Deficiências, inclusive tetraplegia, para os alunos da turma e da escola com especialistas: Médicos, Psicólogos entre outros.
  • Respeitar as limitações físicas e considerar as potencialidades cognitivas e as possibilidades de aprendizagem, buscando formas diversificadas e inovadoras para desenvolver o processo de Ensino/Aprendizagem, bem como planejar e desenvolver as aulas de maneira que possam atender a todos.
  • Conhecer e utilizar os recursos tecnológicos em Hardware e Software que possibilitam a Educação Inclusiva de tetraplégicos, tais como Computador com Software Motrix, HeadMouse e Teclado Virtual.
  • Desenvolver atividades em grupo para que possam ocorrer momentos de interação entre os alunos da turma e da escola.
  • Aplicar exercícios e provas, de preferência, que possam ser realizados no computador ou caso seja impresso, com auxilio de uma pessoa para escrever ou marcar as respostas.
  • Realizar avaliação contínua tanto através da observação de desempenho nas atividades propostas como em testes e/ou provas orais e escritas, bem como auto avaliação.
4. Desenvolver ações de conscientização dos alunos através de estudos e reflexões sobre as deficiências em geral e, principalmente a tetraplegia:
  • Principais causas, tratamentos terapêuticos que auxiliam na melhoria da qualidade de vida, romper com preconceitos (aceitar a si e ao próximo);
  • Amor ao próximo, respeito, solidariedade, cooperação e outros valores atitudinais.
    Sugestão: Vídeo - MEC - A Deficiência no Contexto Escolar (by João Ferreira), disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=DeVTaJwT0vk&feature=related>
    5. Promover a interação com a família do aluno:
  • Estabelecer relações constantes para troca de informações importantes a respeito da condição física e também sobre o desenvolvimento do aluno no processo de Ensino/Aprendizagem, além de outras questões que possam surgir no convívio cotidiano.


Roteiro produzido pela Aluna: Lourdes

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Blog de Tetraplégicos - relatos impressionantes de Mentes Brilhantes

Eduardo Jorge
Em meio a tantas pesquisas sobre essa temática, parece que precisávamos de algo mais real, pois não temos nenhuma aluna tetraplégica, é tudo fictício. É apenas um trabalho? Para que nos aprofundarmos tanto então?
Acho que não é fato da obrigatoriedade que nos deveria fazer pesquisar, ouvir e principalmente ver essas pessoas.
Deveria ser o simples fato delas existirem, delas não serem invisíveis, de terem sentimento e muito, mas muito amor a vida!
Nessa trajetória conhecemos (virtualmente claro!) pessoas como Leandro Portella do blog Ser Lesado  e Eduardo Jorge - que mantém o blog Tetraplégicos para socializar sua história e também ajudar outras pessoas.
Com eles percebermos como é importante tudo que temos, como devemos ter amor a nossas vidas e amor ao próximo.

Leandro Portella se acidentou em 99 furando uma onda em Ubatuba SP, veja o que ele mesmo diz sobre seu blog e qual tecnologia ele utiliza
Leandro Portella
"Em dezembro de 2009 criei o Blog Ser Lesado para tentar passar minha vivência e experiências com a lesão medular para outros lesados, familiares e profissionais da área. Assim tentando facilitar a adaptação e melhorar a qualidade de vida do próximo, com essa troca de informações com certeza acabamos aprendendo muito e também melhorando minha qualidade de vida (...) Nesse tempo descobri um software que me dá uma independência para navegar na internet, o “Motrix” (comando de voz). Com ele consigo escrever esse Blog." Leandro Portella


Já Eduardo Jorge, vive em Portugal, ficou tetraplégico por acidente de trabalho e iniciou seu blog em 2009 com 111 postagens, em 2010 saltou para 751, em 2011 foram 859. Todas postagens muito bem elaboradas,  com temáticas importantes como tecnologia assistiva, acessibilidade, inclusão e saúde.
Dentre tantas postagens Eduardo contou sua história dividida em 9 partes, vale a penas conferir http://tetraplegicos.blogspot.com.br/.

Concluímos portanto que agora conhecemos algumas pessoas reais, pois o Eduardo é real, é um ser visível e acima de tudo tem uma mente brilhante. Queremos aqui homenagear o Eduardo, o Leandro e a todos os deficientes que superam suas dificuldades com muito amor, força de vontade contribuindo para uma sociedade melhor, contando sua história, suas conquistas e contribuindo muito com pessoas deficientes e seus familiares.

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Cadeira de rodas se move por comando de voz



Como o nosso estudo envolve a inclusão de uma aluna tetraplégica, consideramos importante este texto que destaca uma cadeira de rodas que se move por comando de voz:

Invento, criado por alunos do SENAI, pode ajudar a locomoção de pessoas tetraplégicas
Por Nei Flávio Meirelles

O aluno Carlos Mariano, sentado, com o professor Fernando Rezende e a aluna Ana Clara Lessa.
Uma cadeira de rodas que se move atendendo a comando de voz. A invenção não foi criada por nenhuma empresa de tecnologia, mas por alunos de Nova Iguaçu, que acabam de concluir o curso de Tecnologia da Informação do SENAI. A cadeira se movimenta para frente e para trás, para a direita e para a esquerda e roda 180º.

“Resolvemos dar execução a esse projeto para atender a pessoas que têm tetraplegia total, ou seja, não têm nenhum movimento do pescoço para baixo. A maioria das cadeiras para tetraplégicos obedece apenas a comandos de um joystick“, disse o professor Fernando Rezende, orientador da turma de Tecnologia da Informação.
Ao todo, 18 alunos criaram a cadeira, entre eles Ana Clara Lessa e Carlos Mariano, que já haviam criado uma casa virtual onde tudo funcionava com comando de voz. “Vimos, com o sucesso que a casa causou, que poderíamos criar algo que fosse mais útil à sociedade”, disse Ana Lessa. “Já tem empresas interessadas em produzir a cadeira”, afirmou Mariano.
A cadeira é uma das criações apresentadas no Inova SENAI, mostra de criações de alunos de cursos do SENAI, que acontece paralelamente à 6ª edição da Olimpíada do Conhecimento,  no Riocentro, no Rio de Janeiro.


Vídeos sobre Deficiências

Falando em Deficiências, de uma maneira geral, vale a pena assistir este vídeo, pois o mesmo nos faz refletir sobre "diversas formas de ser deficiente".

 Deficiência: Mario Quintana, produzido por alunas da UNIPAC


 


Este outro Vídeo, produzido pelo MEC, é fundamental para nossa reflexão sobre a Deficiência no contexto escolar.






domingo, 13 de maio de 2012

Software Motrix auxilia Tetraplégicos na utilização de computadores

O MOTRIX é um software que permite que pessoas com deficiências motoras graves, em especial tetraplegia e distrofia muscular, possam ter acesso a microcomputadores, permitindo assim, em especial com a intermediação da Internet, um acesso amplo à escrita, leitura e comunicação. O acionamento do sistema é feito através de comandos que são falados num microfone.
O uso do Motrix torna viável a execução pelo tetraplégico de quase todas as operações que são realizadas por pessoas não portadoras de deficiência, mesmo as que possuem acionamento físico complexo, tais como jogos, através de um mecanismo inteligente, em que o computador realiza a parte motora mais difícil destas tarefas. O sistema pode ser acoplado a dispositivos externos de home automation para facilitar em especial a interação do tetraplégico com o ambiente de sua própria casa.
O software Motrix está disponível gratuitamente em:

Para maiores informações, entre em contato com José Antônio dos Santos Borges, responsável pelo Motrix, pelos telefones: (21) 2598-3339 ou (021) 2598-3117
ou pelo e-mail: antonio2@nce.ufrj.br.

sábado, 12 de maio de 2012

Ana Amália tetraplégica defende tese do Doutorado na USP

Ana Amália Tavares Barbosa,  46 anos, perdeu os movimentos há dez anos e defende tese de doutorado.
A matéria abaixo foi extraída do jornal Folha de S. Paulo.
Por Claudia Collucci
Ela não fala, não come, não se move. Mas pinta, estuda e ensina arte a crianças que nasceram com paralisia cerebral. Tudo isso usando o olhar, um leve movimento de queixo e um programa de computador desenvolvido especialmente para ela.
Nesta quarta, às 14h, a artista plástica Ana Amália Tavares Barbosa, 46, defende sua tese de doutorado em arte e educação no Museu de Arte Contemporânea da USP, iniciada quando já estava paralisada.
O estudo, intitulado “Além do Corpo”, é fruto de três anos de trabalho com artes visuais desenvolvido com um grupo de seis crianças com lesões cerebrais, atendidas na Associação Nosso Sonho, onde Ana também leciona.
Todas as crianças usam cadeiras de rodas, não falam e têm dificuldade de enxergar. Assim como a professora.